sábado, 15 de março de 2008

ALCORÃO X BÍBLIA - HÁ CONTRADIÇÕES NO "LIVRO SAGRADO" DOS MUÇULMANOS?

Autor: Irmão AugustineFonte: Angelus Press - Dez/98 - Vol. XXI - N. 12
Tradução: Gercione Lima

ALCORÃO X BÍBLIA
Maomé, o fundador do Islamismo nasceu no ano 570 AD na cidade de Meca, a mais sagrada cidade do Islamismo, natural da tribo Quraysh.
Ele começou a ter visões com a idade de 40 anos.
De acordo com a tradição islâmica, o Anjo Gabriel apareceu a ele no Monte Hira, próximo de Meca, e fê-lo memorizar o conteúdo de um rolo.
Esse rolo continha o começo da Sura 96 do Alcorão (Koran), intitulado "Coágulos de Sangue" porque o homem supostamente teria sido criado dessa substância.
Gabriel ordenou a Maomé que recitasse :"Recite!" O Alcorão é designado como um livro de 114 revelações, cada um contendo uma "Sura" ou capítulo. N. J. Dawood, cuja tradução do Alcorão foi publicada como um clássico da Editora Pingüim em 1956, explica o desenvolvimento do "livro revelado":
"As revelações corânicas seguem-se umas às outras em breves intervalos que foram inicialmente confiadas à memória de "memorizadores profissionais".
Durante o curso de vida de Maomé os versos eram escritos em folhas de palmeiras, pedras ou qualquer outro material que se encontrasse à mão.
Sua coleção foi completada durante o Califado de Omar, o segundo Califa e uma versão autorizada foi estabelecida durante o Califado de Otoman, seu sucessor (644-56).
Até os dias atuais essa versão é considerada pelos fiéis como a autêntica "palavra de Deus".
De acordo com a Sura II, vs. 98, "Gabriel revelou o Alcorão como um guia que viesse a confirmar as escrituras precedentes, ou seja, o Antigo e o Novo Testamento da Bíblia".
E mais ainda: "Deus agora revelou o melhor das escrituras, um Livro... livre de qualquer defeito" (Sura XXXIX,vs.23).
Deus diz a Maomé: "Não te digo nada que não foi dito aos outros apóstolos que vieram antes de ti"(Sura XLI,vs.42).
Os próprios apóstolos admitiam que eles traziam uma fé mais iluminada - e o mesmo se dá com Maomé, o maior de todos os apóstolos (Sura XLI).
Nós aceitamos o seguinte desafio do Alcorão:
"Eles não meditarão sobre o Alcorão?
Se ele não tivesse vindo de Deus, certamente eles teriam encontrado nele muitas contradições"(Sura IV, vs. 82).
Pois nós lemos o Alcorão e encontramos muitos ensinamentos que contradizem frontalmente as doutrinas da Igreja Católica, a única Instituição na face da terra que recebeu diretamente de Deus o mandato de ensinar ( Mt. 29,19), governar ( Mt. 18,18) e santificar ( Lc 22, 19) toda a humanidade.
Todo o inteiro conjunto de verdades reveladas, ou seja, tudo o que Jesus Cristo ensinou ( Mt 28, 19-20) foi confiado à Igreja para a iluminação das nações.
É portanto dever da Igreja, preservar, interpretar e proclamar essas verdades da revelação.
Nenhuma outra organização ou pessoa recebeu esse encargo.
A primeira contradição diz respeito à criação.
As Sagradas Escrituras asseguram:
"No início Deus criou céu e terra"(Gen.1,1).
Isso é o mesmo que dizer: no princípio dos tempos, quando apenas Deus existia. "Criar" significa trazer, conceber do nada: ex-nihilo.
Em outras palavras, apenas Deus cria.
Apenas Ele pode estabelecer uma ponte entre infinitas distâncias ou o vácuo entre o ser e o não-ser.
Ao contrário, o homem pode fazer coisas apenas a partir de algo pré-existente.
Ele não pode criar.
Ele é uma criatura, algo que existe fora de Deus.
Mas o Alcorão declara que Deus criou o homem a partir de uma matéria pré-existente:

"Homem, se você duvida da Ressurreição, lembre-se que primeiramente Nós o criamos do pó, depois de um germe vivo, depois de um coágulo de sangue e a partir de então de uma dobra de carne que começava a se formar..." (Sura XXII, vs.5).
Como nós citamos logo acima, a Sura XCVI, vs. 1 afirma:
"Recite em nome do seu Senhor que criou o homem a partir de coágulos de sangue".
Já aqui temos uma narração completamente diferente:
"Eu estou criando o homem do barro, de uma massa negra modelada..."( Sura XV, vs. 19).
Antes que Deus tivesse criado o homem, "Ele criou Satanás de um fogo sem fumaça" (Sura XV, vs.19), e Satanás vangloriou-se:
"Eu sou mais nobre do que ele. Vós criaste-me do fogo, mas ele foi criado a partir da lama"(Sura XXXVIII, vs.76).
Nós acreditamos que Satanás pecou pelo orgulho.
Ele desejava ser igual a Deus e recusava-se a submeter-se à Vontade Divina e por esse motivo foi expulso do Céu para sempre. O
Alcorão sustenta que Satanás foi expulso do Céu porque se recusava a adorar o homem:
"Quando eu tiver formado o homem e soprado nele o Meu espírito, ajoelhem e se prostrem diante dele".
Os anjos então se prostraram um a um, exceto Satanás.
Ele recusou-se a prostrar-se junto com os demais... Vá-te Satanás!- Disse Deus - "Sede maldito. Minha maldição estará contigo até o dia do Julgamento" ( Sura XV, vss 19-32).
O Alcorão nega outra verdade fundamental do Catolicismo: a Divindade de Jesus Cristo.
O Salmista descreve o Messias dizendo: "Tu és meu filho, eu hoje te gerei" (Salm. 2,7).
Além disso o Messias partilha do trono de Yahweh:
"Assenta-te a minha direita, até que eu faça de teus inimigos, o escabelo de teus pés"(Salm 109,1).
Ele é o Emanuel, Deus-Conosco ( Is. 7,14), e é também chamado El Gibbor (Deus Poderoso), um título que o Messias compartilha com Yahweh (Is. 9,6; 10:20).

Pelo menos cinco vezes nos Sinóticos, Jesus explicitamente declara ser Ele mesmo o Filho de Deus (Mt. 11, 25-27; Mc.12, 1-9; 13, 32; 14, 61-62) e implicitamente muitas outras vezes.
Os Judeus compreenderam plenamente as divinas prerrogativas de Nosso Senhor Jesus Cristo e por isso mesmo buscavam matá-lo:
"Eu e o Pai somos Um"(Jo.10,30).
Os Judeus queriam apedrejá-Lo por blasfêmia...
"Não é por alguma boa obra que te queremos apedrejar, mas por uma blasfêmia, porque, sendo homem, te fazes Deus". (Jo. 10,33).
Uma das mais marcantes provas da pré-existência de Nosso Senhor como divino Filho de Deus é encontrada no prólogo do Evangelho de São João:
" No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 No princípio ele estava com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por meio dele e sem ele nada foi feito". (Jo 1, 1-3).
Não obstante todas as evidências tanto no Antigo como no Novo Testamento de que Jesus Cristo é o "Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por meio do qual todas as coisas foram feitas..."( Credo Niceno), o Alcorão insiste que Nosso Senhor é simplesmente uma criatura:
"Jesus é como Adão aos olhos de Deus.
Ele o criou do pó e então disse-lhe: "Seja" e ele "foi feito"(Sura III, vs. 51-59).
"Deus proíbe", exclama o Alcorão, "que se diga que Ele tenha gerado um Filho"(Sura XIX,vs.29).
"Aqueles que acreditam que Deus gerou um filho, pregam uma monstruosa falsidade" (Sura XIX, vs. 88), pois "Deus é Um..., e Ele não gerou ninguém" (Sura CXII, vs. 1).
O Alcorão então conclui dizendo: "Assim, creiam em Deus e em seus apóstolos e não digam: Três"(Sura IV, vs. 174).
Segue-se que Maria também não é Mãe de Deus:
"O Messias, Jesus, o filho de Maria, não era mais do que um simples apóstolo de Deus e Sua palavra com a qual Ele formou Maria, era um espírito proveniente Dele". ( Sura XL, vs. 171).
"Infiéis são aqueles que dizem: "Deus é o Messias, o filho de Maria" (Sura V, vs. 70).
Que a Bem Aventurada Virgem Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, todos sabemos!
Este é um dogma de fé definido pelo Concílio de Éfeso no ano 431.
Isso de modo algum significa que Maria, uma criatura de Deus, tivesse existido antes de Deus ou precedido a Divindade.
Por sua completa aceitação dos planos de Deus, comunicados a ela na Anunciação, Maria se tornou a partir de então, a mãe do Deus que existia antes mesmo que o tempo fosse.
Cristo tomou a Sua forma humana e Sua natureza humana de Sua mãe Maria; Ele era verdadeiramente "o Filho de Maria" (Mc 6,3).
Os muçulmanos, seguindo o que declara o Alcorão, rejeitam esse artigo de Fé porque estão convencidos de que isso significa que Maria produziu também a natureza divina de Jesus.
A divina maternidade é a raiz de todos os privilégios de Maria.
Um desses privilégios é a sua Imaculada Concepção: um privilégio único pelo qual Ela, em vista dos futuros méritos de seu divino Filho, foi concebida isenta da mancha do pecado original no ventre de sua mãe Santa Ana.
Esse dogma foi definido como artigo de Fé em 8 de dezembro de 1854, pelo Papa Pio IX, em sua Bula Ineffabilis.
Um outro privilégio de Maria é a sua Perpétua Virgindade: ela permaneceu virgem durante toda a sua vida - antes, durante e depois do nascimento de Jesus Cristo.
A Assunção da Bem-Aventurada Virgem é ainda outro privilégio: no final de sua vida terrestre, ela foi assunta ao Céu , glorificada no corpo e na alma.
Esta doutrina foi solenemente definida pelo Papa Pio XII no dia 1 de novembro de 1950 (Constituição Apostólica Munificentissimus Deus).
Uma vez que o Alcorão nega a fé na divina maternidade de Maria, automaticamente desacredita em todos os demais privilégios que emanam dele, inclusive o fato de Maria não ter passado pelas dores do parto.
Se Maria ficou isenta da mancha do pecado original, e se as dores do parto são uma das conseqüências do pecado original ( Gen 3. 16), então é óbvio que a Bem Aventurada Virgem concebeu Nosso Senhor sem ter que passar pelas dores associadas ao nascimento de um filho. A seguinte descrição que faz o Alcorão, das circunstâncias que envolveram o nascimento de Cristo, claramente vão contra tudo o que descreve as Sagradas Escrituras e a Doutrina Católica:

"Logo depois de o ter concebido ela se retirou para um lugar isolado. E quando ela sentiu que estava no meio do trabalho de parto, ela se deitou em um tronco de palmeira gritando: "Oh quisera eu ter morrido e caído no esquecimento! "Mas uma voz vinda de debaixo gritou para ela: "Não se desespere. O seu Senhor providenciou uma fonte que jorra em teus pés e se você sacudir o tronco dessa palmeira, ela derrubará doces e frescos frutos ( dátiles) à sua volta. Portanto coma-os e se alegre; e se você encontrar pela frente qualquer mortal, diga-lhe: "Eu fiz um voto ao Misericordioso, de jejuar e por isso não falarei com nenhum homem no dia de hoje". ( Sura XIX, vs. 22).
Onde é que está a saudação do Anjo Gabriel a Maria?
"Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo"(Lc 1,28)?
Nem sequer se menciona São José!
Nem ali e nem no resto de todo o livro, pelo contrário, toda uma Sura de nove páginas é dedicada a José, o filho de Jacó.
A miraculosa natureza da concepção de Maria é completamente rejeitada:
"O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus." (Lc 1, 35).
Isabel, a prima de Maria também proclama que Maria é Mãe de Deus: "Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do meu Senhor?" ( Lc1,43).
Além do mais, a Virgem Maria deu a luz a Nosso Senhor num estábulo e o depôs numa manjedoura envolvido em faixas.
Ela não estava deitada debaixo de nenhuma palmeira.
Imaginem que cena absurda:
Nossa Senhora passando por dores tão insuportáveis que preferia morrer e cair no esquecimento!
Mas ainda assim o Alcorão afirma:
"Tal era Jesus, o filho de Maria. Esta é toda a verdade e eles ainda duvidam"( Sura XIX, vs.29).
Além de tudo isso, a Virgem Maria parece ser confundida com Miriam, a irmã de Moisés e Aarão:
"Carregando a criança ela veio até o seu povo que disse a ela:
"Maria , isso é de fato uma coisa muito estranha! Irmã de Aarão..."( Sura XIX, vs. 28).
Em um pequeno rodapé, o ensaio de Dawood tenta proteger a integridade do texto:
"Os comentaristas muçulmanos negam a acusação de que existe uma confusão entre Miriam, irmã de Aarão, e Maryam ( Maria), a mãe de Jesus.
"Irmã de Aarão, nesse contexto simplesmente significa: "mulher virtuosa".
De qualquer forma, não existe tal referência nas Sagradas Escrituras concernente a Nossa Senhora, muito embora no Novo Testamento, Isabel, a mãe de João Batista e portanto prima de Maria, é apresentada como descendente de Aarão (Lc 1,5).
A palavra freqüentemente é usada em seu sentido literal (Mt. 9,19; Mc 5,35), mas era também freqüentemente usada para uma mulher de certa raça ou religião como uma das filhas os Hebreus (Jud. 10,12) ou como um termo carinhoso de cunho familiar (Mt.9,22) .
Os profetas por exemplo freqüentemente se referem a Jerusalém como "Filha de Sião"(Is 37,22; Jer 4,31, Miq. 4,10).
Mas "Maria" e "Filha de Sião" nunca são encontradas juntas nas Sagradas Escrituras.
O Alcorão acusa os Católicos de adorarem Maria como um deus (Sura V, vs. 1,14) o que é patentemente falso.
Nenhuma pessoa ou coisa pode tomar o lugar de Deus ou ser honrado de um modo reservado exclusivamente a Deus, pois isso é idolatria e Deus o proíbe com extremo rigor.
Todo o culto que não é dirigido diretamente a Deus deve ser subordinado a Ele (Êxodo 20,3-5).
Hiperdulia é a honra ou veneração dedicada à Virgem Maria devido à sua suprema dignidade como Mãe de Deus e sua conseqüente e única santidade: "cheia de graça".
Mas isso é bem diferente da adoração que é devida apenas a Deus (latria), pois reconhecemos que Maria é apenas criatura.
Uma vez que Maria é mais santa e mais nobre do que todos os santos e anjos, a honra que ela merece também é maior do aquela tributada a eles (dulia).
Hiperdulia implica a reverência amorosa de um filho de Deus por Sua mãe e também nossa mãe, bem como a confiança em seu poder de intercessão junto ao Divino Filho.
Da mesma forma, o Alcorão insiste que nós Católicos deificamos os santos (Sura XVII, vs. 52).
A veneração dos santos, contudo, é indiretamente um culto a Deus, O qual os criou e os santificou tornando-os Seus amigos.
A santidade, o triunfo e a glória desses santos não são outra coisa senão o reflexo dos atributos de Cristo, seu Modelo e Mediador.
Uma clássica resposta à acusação de que os Católicos deificam os santos, pode ser encontrada no "Martírio de Policarpo".
Quando os Judeus apelaram aos magistrados para que não entregassem o corpo de Policarpo aos Católicos, eles disseram "tão logo eles abandonam o outro Crucificado, eles começarão logo a adorar esse ai".
Mas, Marcion respondeu: "Isso foi feito por instigação e insistência dos judeus, os quais também assistiram quando nós íamos tirá-lo do fogo.
Ignorando que nós jamais poderemos esquecer Cristo, o qual sofreu pala salvação de todo o mundo e daqueles que já foram salvos.
Por mais inocentes que sejam os pecadores, não podemos cultuá-los mais do que Jesus.
Pois nós amamos os Mártires como discípulos e imitadores do Senhor, merecidamente assim, por sua insuperável devoção ao seu Rei e Mestre.
Que isso possa também ser a nossa porção para sermos seus companheiros e discípulos amigos!" (17, 1-3).
O divórcio é um outro assunto que contraria totalmente o ensinamento da Igreja Católica.
Nosso Senhor restaurou o Matrimônio em sua dignidade primitiva ao insistir na indissolubilidade do laço matrimonial promulgada pela Santíssima Trindade logo no início da história humana:
"Portanto não separe o homem, aquilo que Deus uniu".
Comparem agora essa declaração de Nosso Senhor com aquela encontrada no Alcorão:
"E quando Zayd (o assim chamado filho adotivo de Maomé) divorciou-se de sua mulher, Nós a demos a você (Maomé) em casamento, de forma que se torne legítimo para os verdadeiros fiéis, se casarem com as esposas de seus filhos adotivos se eles se divorciarem delas". (Sura XXXIII, vs. 37).
"Não será nenhuma ofensa para você se divorciar de suas mulheres antes que o casamento tenha sido consumado ou o dote estabelecido"(Sura II, vs. 236).
Um claro caso de poligamia é assegurado na Sura IV, vs. 126:
"Por mais que você tente, você não pode tratar todas as suas esposas imparcialmente".
E novamente:
"Lícitas a você, Maomé, são as mulheres crentes e as mulheres livres daqueles a quem foi dado O Livro antes de você (judias e cristãs).
Providencie para que você dê a elas seus dotes e as honrem, não cometendo fornicação e nem tomando-as como amantes". (Sura V, vs. 5)
"Crentes, não se aproximem das orações quando vocês estiverem bêbados, mas esperem até que vocês estejam conscientes de suas palavras; nem quando vocês estiverem poluídos: se vocês se aliviaram (masturbação) ou tiveram relações com uma mulher enquanto estavam viajando e se encontravam num lugar onde não tinha água, tomem um pouco de areia limpa e esfreguem em suas faces e em suas mãos" (Sura IV, vs. 43).
"O adúltero pode se casar apenas com a adúltera ou uma idólatra; e a adúltera pode se casar apenas com um adúltero ou idólatra. Aos verdadeiros crentes são proibidos tais casamentos (Sura XXIV, vs.1). Crentes, se vocês se casarem com mulheres crentes e divorciarem delas antes que o casamento tenha sido consumado, vocês estão dispensados de observar o período de espera (Sura XXXIII, vs. 45). E de acordo com o Alcorão, essas orgias continuam no Paraíso onde a concupiscência não conhece limites:
"Eles, os verdadeiros crentes sentar-se-ão junto a tímidas virgens de olhos negros, tão castas quanto os ovos chocados pelas avestruzes"(Sura XXXVII, vs.48).
"Reclinando-se sobre macios divãs, eles não sentirão nem o calor escorchante nem o frio cortante. Árvores espalharão em volta deles as suas sombras e frutos ficarão dependurados em cachos sobre eles. Eles serão servidos em pratos de prata, copos finos e grandes cálices... Eles serão servidos por jovens agraciados com a eterna juventude cujos olhos ao contemplá-los serão como pérolas espalhadas. Quando você contemplar essas cenas, você estará contemplando um reino maravilhoso e glorioso" (Sura LXXVI, vs. 13-20).
Concluindo, temos que concordar com essa passagem do Alcorão que questiona: "Quem é mais malicioso do que o homem que inventa uma falsidade sobre Deus ou nega Sua revelação"(Sura VI, vs. 21)? Bem como com a resposta que se encontra no próprio Livro: "Ele (Maomé), o qual inventou o Alcorão" ( Sura XLVI, vs.7).
Autor: Irmão AugustineFonte: Angelus Press - Dez/98 - Vol. XXI - N. 12Tradução: Gercione Lima

FUNDADORA DO ESPIRITISMO DIZ: " O ESPIRITISMO É UMA FRAUDE DO COMEÇO AO FIM!"

Autor: Cledson Ramos
Fonte: www.veritatis.com.br

A "REVELAÇÃO" ESPÍRITA


"O espiritismo é fraude do princípio ao fim. É a maior impostura do século." (Katy Fox, uma das fundadoras do Espiritismo, in "The New York Herald", 10/10/1888).

Mais do que um desmentido, o reconhecimento acima tornou-se uma verdadeira profecia.

A "terceira revelação" do Espiritismo toma por base justamente mais uma fraude. Vejamos:

Allan Kardec , no seu livro "A Gênese", anuncia a seguinte "passagem bíblica":

"Entretanto o Cristo acrescenta: "Muitas das coisas que vos digo agora ainda não a compreendeis e muitas outras teria a dizer, que não compreenderíeis, por isto é que vos falo por parábolas; mais tarde, porém, enviei-vos o Espírito de Verdade, que restabelecerá todas as coisas e vos explicará todas as coisas".

Dando asas ao seu plano, Kardec continua: "só pode ser restaurado o que foi perdido."

Eis a tentativa de se passar pelo "terceiro detentor da revelação e homem que resgataria o Cristianismo".

A mesma conversa que muitos já usaram antes.

Mas voltemos a dita "passagem bíblica".

Ela simplesmente não existe.

Isto mesmo !

É uma montagem de Kardec:

O texto-base, que por sinal se refere ao Espírito Santo, pode ser encontrado em S. João (Cap. 14 e 16):

"Eu pedirei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito , que estará convosco para sempre. Ele é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber porque não o vê nem o conhece. Vós o conheceis porque permanece convosco e está em vós. Não vos deixarei órfãos."

"Muitas coisas ainda tenho para dizer-vos, mas não as podeis compreender agora. Quando vier o Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas do que ouvir, e vos anunciará as coisas futuras."

Nisto, Allan Kardec insere um pedaço da parábola do semeador: "por isto é que vos falo por parábolas" (cf. Mt 13 ; Lc 8)

E o mais grave é a inserção no final:

"que restabelecerá todas as coisas". Este trecho se encontra em Mt 17, 11: "Ele respondeu: 'Elias de fato deve voltar e restabelecer tudo'."

Ou seja: uma montagem de trechos de São Mateus com São João.

Ora, o texto-base fala do Espírito Santo, e não de Elias.

Por que esta gritante troca de sujeitos ?

O que pretendia Kardec, afinal ?

Fazer-se passar pelo Espírito Santo ?

Por Elias ?

Ser o detentor da "terceira revelação" ?

Ou seria usurpar a função dos apóstolos, já que a estes foi prometido o Paráclito ?

Julgue você mesmo.

No entanto, encontramos o próprio Allan Kardec, falando que o "ensino (de Jesus) era incompleto" e que "só se restabelece aquilo que foi desfeito".

Mais adiante, Allan Kardec continua com suas pretensões: "O espiritismo realiza todas as promessas do Cristo a respeito do Consolador anunciado".

Em resumo: a dita revelação espírita se baseia em uma fraude, uma montagem bíblica, onde acontece até troca de sujeitos (Espírito Santo/Elias ; Apóstolos/Kardec).

A fraude é grave por si só, e condenada em qualquer tipo de documento.

Seria interessante que alguém tentasse fazer este tipo de fraude em um contrato qualquer, por exemplo, e depois levasse a juízo.

Responderia por falsidade ideológica !

Ora, A fraude é grave por si só, e condenada em qualquer tipo de documento.

No presente caso, a fraude fica ainda mais pesada, pois atenta contra a Bíblia, Palavra de Deus, e componente na fé de bilhões de pessoas.

A Bíblia possui milhares de versículos (e palavras!), e nada mais fácil do que pegar palavras de um e outro versículo e sair montando ao bel-prazer, até chegar no resultado desejado.

É preciso ter cuidado com estes procedimentos ardilosos !

"Quem tiver ouvidos, que ouça." (Mt 11,15)

CURAS EM CIRURGIAS ESPIRITUAIS?

Autor: Cledson Ramos
Fonte: www.veritatis.com.br

Em meados de fevereiro deste ano (1999), o jornal carioca "O Dia" fez uma série de reportagens tratando de temas como curas espirituais, espiritismo, medicina, ciência, parapsicologia, etc.

O estopim para a publicação destas matérias foi o escândalo envolvendo o Dr. Rubens, que diz "incorporar" o espírito do Dr. Fritz, mas que teve suas "proezas cirúrgicas" contestados por diversos pacientes, médicos e sua própria mulher.

Por ocasião de tais eventos, "O Dia" ouviu o Pe. Oscar Quevedo, uma referência mundial em termos de Parapsicologia.

Suas palavras aparecem em itálico.

Os nossos comentários vêm logo em seguida.

Comecemos com alguns trechos da reportagem "Palavras duras contra uma legião de inimigos de fé", em O Dia - Domingo - 14 de fevereiro de 1999:

Dr. Fritz – "Não existiu.

É toda uma farsa.

Qualquer um que queira dizer que é médico alemão vai dizer que se chama Adolf.

Em que faculdade estudou?

Onde foi enterrado?

Onde está a família?

Onde está o certificado de médico?"

Acreditamos que um bom caminho para os espíritas provar suas alegações seria responder questões singelas como estas acima.

Ninguém está pedindo nada de sobrenatural (que eles dizem produzir com tanta facilidade!), mas referências históricas, ao menos para se ter certeza que o dito cujo realmente existiu.

Repugna ao bom senso que este tal Fritz (se é que existiu!), depois de morto, tenha mantido seus conhecimentos medicinais, mas tenha esquecido a faculdade em que estudou !

E mais: aprendeu a "medicina espiritual" , mas é incapaz de ajudar a Medicina de hoje, com tantos problemas a resolver.

É uma pena !

Frei Hugo Lino – "Outro frei franciscano diz que tem poderes, no Paraná ou Santa Catarina.

Tive que falar contra ele.

Fica muito feio um padre falar mau de um frei.

É um curandeiro megalomaníaco.

O provincial o mandou parar por exercício ilegal da medicina.

Ele não obedece porque é um doente."

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Não é porque é "da Igreja" que se deve fechar os olhos.

É lamentável que existam tais casos.

Considere-se ainda que em uma hipótese como esta, o indivíduo estudou anos de Teologia e sabe que milagres de cura não acontecem à torta e à direita.

Pobre Igreja: em Lourdes, embora milhares de curas sejam consideradas inexplicáveis, apenas algumas dezenas foram reconhecidas como milagrosas.

E isto em décadas !

Alguém deve está errado nesta história.

Interessante também notar que o Superior do Frei já o repreendeu, mas não houve a correspondente obediência por parte deste último.

Um exemplo não muito conveniente, diga-se de passagem.

Psicografia – "O inconsciente toma as rédeas da máquina humana.

Religiões definem como transe ou êxtase.

O nome técnico é estado alterado de consciência."

Aquele que psicografa nada mais expressa do que as informações que estão em sua mente ou nas mentes de pessoas próximas.

Não há incorporação de espírito.

Se fosse assim, poderíamos fazer o seguinte pedido: que estes "médiuns escritores" incorporassem grandes pianistas, por exemplo, e arrasassem no piano.

Mas não o fazem.

Note-se ainda que estamos considerando a hipótese de verdadeira psicografia, enquanto fenômeno parapsicológico, e não das fraudes, tão comuns.

Sem falar que, para as grandes massas, é muito mais atrativo ler um livro "do outro mundo" do que uma obra comum.

Desafio – "Quero ver algum curandeiro dar um corte na pele e cicatrizá-lo em uma hora.

É um desafio que existe há 100 anos.

Paga-se 10 mil dólares para quem conseguir."

É o famoso desafio 4x3x2x1: um corte com 4mm de cumprimento, 3mm de profundidade , 2mm de largura (separando os tecidos), e uma hora para sará-lo.

A parapsicologia mundial tem feito diversos desafios aos "poderosos" de plantão.

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Apenas mais um exemplo: misturar as cartas de um baralho (não viciado, obviamente!) e deixar que o adivinho puxe algumas.

Tanto quem embaralha como quem seleciona as cartas não pode ver o seu conteúdo.

Isto evita que tal informação chegue à mente e possa ser lida!

Pois bem: solicita-se então que o adivinho diga o que consta em tais cartas (o número, o naipe, a cor...).

Não pode realizar tal tarefa .

De fato, há casos de adivinhação sim, ainda que raros e involuntários, mas tal tem um pressuposto básico: que algum dos presentes conheça, de forma consciente ou inconsciente, a informação solicitada.

Chico Xavier – "Quero acreditar que Chico Xavier seja sincero, embora tenha sido pego em truques.

Uma equipe da revista Manchete o flagrou com bola de borracha debaixo do braço.

Era para dizer que saía perfume dele.

Sofre de uma neurose-obsessiva-compulsiva.

Um dia o desafiei para um debate.

Mandou dizer que quando quisesse falar com um padre iria à sacristia. Foge sempre."

Se alguém quiser comprar briga com um espírita, ouse falar da personagem acima.

Logo surgem argumentos do tipo: "ele é tão caridoso; doa o dinheiro que recebe; consola as viúvas; conforta as mães que perderam seus filhos", etc.

Ora, ninguém está duvidando disso.

Uma coisa não tem nada a ver com outra: não há o mínimo nexo causal em confortar mães sofredoras e daí se concluir que o sujeito recebe espíritos.

Afastando toda e qualquer hipótese de fraude, tem-se que a Parapsicologia explica como alguém (o sensitivo) consegue ler a mente de outra pessoa.

No seguinte caso, onde há uma mãe aflita e uma pessoa que quer ajudar, este turbilhão de emoções até propicia o surgimento do fenômeno.

Cabe ainda lembrar que as mensagens psicografadas são sempre de bonança, dizendo que o filho morto está bem, etc.

Nunca alguém está no inferno (que eles não acreditam!) ou nos "mais baixo umbrais" o que desagradaria tanto a mãe como o médium.

Isto vai de acordo com a predisposição das pessoas envolvidas:

alguém querendo ser agradado, e outro querendo agradar.

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Truques – "As operações são pura técnica.

Há lugares bons.

Próximo aos lábios, no pescoço, na barriga, nos seios.

Impressiona muito.

O olho é o paraíso dos curandeiros.

Uma gota de lágrima misturada a dois litros de água ainda possui poder desinfetante.

A parte branca do globo é muito resistente.

É lugar ideal para meter alguma coisa.

Repito esses truques."

Para quem se interessar por esta matéria, recomendamos o livro do Pe. Quevedo "Curandeirismo: um mal ou um bem?" que inclusive vem com ilustrações.

No momento, queremos destacar apenas um caso que apareceu no programa "Ratinho", do SBT: uma mulher que apresentava agulhas metálicas espalhadas por todo o corpo.

Logo apareceram os exaltados kardecistas dizendo que "só um espírito poderia manipular assim a matéria".

Mero caso de aporte, como expressou o próprio Quevedo.

De fato, havia um espírito sim: o da própria mulher.

As agulhas foram retiradas de forma física, mecânica mesmo.

No entanto, como evitar que o fenômeno continuasse ?

Ora, se fosse o espírito de um morto, nada poderia impedir, muito menos as palavras de um mortal qualquer.

Pois bem: bastou um tratamento a base de sugestões feito pelo CLAP (Centro Latino-Americano de Parapsicologia) para que o fenômeno cessasse.

Conclua você mesmo se foi alguma "alma do outro mundo".

Mãe Dinah – "Se Mãe Dinah fosse advinha não teria se candidatado.

Por que não percebeu que só teria 17 votos?

Um fracasso total.

Por que não adivinha os números da Supersena?"

Todo mundo sabe como esta senhora ficou famosa.

De fato, com tanta gente fazendo "previsões" o todo tempo, é até razoável que algumas "batam com a realidade".

Na Europa, há um instituto que cataloga estas previsões, e os casos de fracasso são infinitamente superiores aos de acerto, o que mostra bem o grau de confiabilidade que tais "fenômenos".

É uma pena que Mãe Dinah tenha errado tão feio quanto a sua própria candidatura.

Fosse eleita, estaria gozando de imunidade, e não poderia ser processada tão facilmente pelo Ministério Público, conforme trechos abaixo retirados da Revista Consultor Jurídico, em 23 de julho de 1999:

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Enganação popular

Mãe Dinah é processada por estelionato

A Justiça deve apurar as denúncias de crime de formação de quadrilha e estelionato no "Disque Mãe Dinah", que promete previsões sobre o futuro das pessoas pelo serviço telefônico 0900.

A decisão foi tomada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Antônio de Pádua Ribeiro.

A usuária paulista Maria Elizabete Verderoce ficou insatisfeita com as previsões feitas a respeito de seu destino e denunciou o serviço ao Ministério Público.

Foi instaurada ação penal contra a Mãe Dinah, cujo verdadeiro nome é Benedicta Finazza.

Elizabete não se conformou ao descobrir que as previsões seriam feitas por um programa de computador.

Ela teria constatado o fato ao ligar duas vezes para o serviço e obter informações idênticas.

A usuária fez duas ligações de 7 minutos, que lhe custaram R$ 30,00.

Consta no processo que os técnicos do serviço inseriam dados, como nome, data de nascimento e sexo, em um programa de computador, que preparava as os diagnósticos de previsões para a vidente.

A paulista também teria utilizado os números da sorte para jogar na loto, sena e jogo do bicho, mas não ganhou nenhum prêmio.

Uma propaganda exibida na televisão, feita por Mãe Dinah, sugeria que algumas pessoas já tinham ganhado na loteria esportiva, depois de ouvir os números previstos por ela.

O advogado das pessoas ligadas à Vimeltary entrou com habeas corpus para trancar a ação no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Os desembargadores negaram o pedido e ele recorreu ao STJ.

Curandeiros – "O curandeiro é perigoso. Pode tirar a dor por sugestão, mas não cura a doença. Sabe-se que 86% das doenças são de origem psíquica. Tirando a dor, mas não tirando a causa, a doença se represa e depois mata."

O exemplo típico são os problemas na coluna.

O curandeiro até pode tirar a dor causada por uma hérnia de disco, mas isto não quer dizer que o paciente esteja curado, de modo que os problemas de saúde poderão retornar, de forma até mais grave.

Sem cobrança

"É o curandeiro histérico com vontade de aparecer. Arigó não cobrava. Mas ficou dono de um terço da área rural de Congonhas dos Campos. Dono dos melhores hotéis e quatro principais farmácias da cidade. Colocava tudo em nome da família. Ficou riquíssimo. Essa sem-vergonhice é muito conhecida."

Para que não lembra, Arigó foi o mais famoso "médium incorporador" do Dr, Fritz.

Apesar de tantas intimidades com o falecido, também nunca ofereceu dados históricos sobre o morto.

Atualmente, há várias pessoas que dizem receber a tal entidade, sendo o Rubens o mais famoso.

Seria interessante saber como um mesmo espírito poderia agir em tantas pessoas, e até simultaneamente, haja vista que as consultas são geralmente diárias.

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Houve que lançasse o seguinte desafio: chamar os tais médiuns para bater um papo em alemão sobre medicina com um médico germânico.

Tal proposta é falha em termos de parapsicologia, pois as informações pedidas (a medicina e o idioma alemão) constam na mente de, pelo menos, um dos presentes (o médico germânico).

No entanto, tal proposta já serviria para afastar as fraudes voluntárias, grosserias, onde nem mesmo há qualquer fenômeno paranormal, que é involuntário.

Não custa lembrar também a megalomania que geralmente atinge tais pessoas.

Douglas Home, ex-espírita e, sem dúvida, um dos maiores sensitivos do século XIX, declarou que já tivera a honra de encontrar ao menos doze Maria Antonieta (rainha da França), seis ou sete Maria Stuart (rainha da Inglaterra), uma multidão de São Luís e outros reis, uns vinte Alexandres e Césares; nunca, porém, um personagem insignificante.

Realmente, ainda hoje, quando as pessoas dizem se recordar de suas vidas passadas (?!), nunca se foi um simples camponês, embora este tipo fosse o predominante ao longo da História !

Clínica

"Atendemos pessoas que foram maltratadas por curandeiros. Nos dá um trabalho enorme. Às vezes, não há mais remédio. Deixam de sentir a dor, acham-se curados, quando procuram o médico já é tarde. No Clap, temos dois médicos, um psiquiatra e dois psicólogos."

E, quase finalizando, não custa passar o endereço do CLAP em São Paulo:

CLAP - Centro Latino-Americano de Parapsicologia - Pesquisa, Ensino e Clínica

Av. Leonardo da Vinci, 2123 - Jabaquara

CEP: 04313-002 - São Paulo - SP

Umbanda e quimbanda – "Muitos são sinceros, mas cometem erros de interpretação.

Os fenômenos que eles têm são psicológicos, histéricos e até parapsicológicos.

Não são exus, orixás, espíritos dos mortos."

Aqui está o resumo e a essência de toda esta estória: erro de interpretação, excluindo os casos de fraudes, evidentemente.

Não são poucos os médiuns e pais-de-santo que, ao tomarem conhecimento com a Parapsicologia, abandonam suas errôneas posições.

Problemático mesmo é permanecer no erro.

MESMO ESPÍRITO, MÉDIUNS DIFERENTES

Autor: Cledson Ramos
Fonte: www.veritatis.com.br

MESMO ESPÍRITO, MÉDIUNS DIFERENTES


Seguem trechos de uma reportagem ("Rubens vai ter concorrência na Penha") publicada pelo jornal "O Dia" , em 13 de fevereiro de 1999:

Enquanto Rubens Faria enfrenta a briga com a ex-mulher Rita de Cássia e está às voltas com a polícia, o médium e missionário do Paraná Dom José Penuz está pronto para instalar um centro espírita no Rio.

Ele também garante incorporar o verdadeiro espírito do Dr. Fritz e, coincidentemente, alugou um galpão também no curtume onde Faria atuava, na Penha.

Dom José convidou Eurípedes, braço direito de Rubens, para ser seu administrador.

O funcionário foi acusado por pacientes de ser um dos controladores do dinheiro que entrava para Faria.

Mas o missionário parece não se importar e afirma que, desde 91, ano da morte do médium Edson Queiroz, recebe o espírito do alemão, que teria lhe dito que Rubens nunca foi seu "cavalo".

"Não gosto de julgar, mas o Fritz nunca disse que incorporou o Rubens. Ao contrário, sempre o criticava", afirma Dom José, que diz atender, em média, três mil pessoas por semana em Ponta Grossa e região.

Menos famoso que Rubens, Dom José garante que foi o próprio Fritz quem o aconselhou a trabalhar no Rio.

Ele afirmou que o médico alemão só exigiu responsabilidade e respeito aos pacientes, coisa que, para ele, foi o maior erro de Rubens.

O mesmo jornal, agora em 22 de fevereiro de 1999, publica outra interessante reportagem.

Eis alguns trechos:

Dr. Fritz vira advogado no Gugu

Espírito defende Rubens de Faria: 'Eu sinto a dor dele'.

A audiência do SBT disparou

Contando até mesmo com a ajuda do espírito do médico alemão Dr. Fritz, que ele incorporou no ar, o médium Rubens de Faria reapareceu ontem em público, no programa Domingo Legal, mostrando uma nova imagem (agora ele está usando uma barba), dizendo-se vítima de acusações inverídicas.

A incorporação se deu no fim do programa, quando a voz do médium foi substituída por uma com sotaque.

Dr. Fritz defendeu o amigo Rubens:

"Eu sinto a dor dele, a dor que aperta seu peito num momento decisivo da sua vida. Eu oro por ele".

Durante 45 minutos, 30 dos quais com o próprio médium no ar, Rubens defendeu-se das acusações, reclamou da imprensa – "são manchetes que estão sendo colocadas, eu não sei com que propósito" – chorou, mandou recados para a filha, falou do infarto do pai, mas deixou perguntas sem respostas.

Não disse em que faculdade e em que ano se formou.

Comparando as duas reportagens acima, logo de início, poder-se-ia formular a seguinte questão: como um mesmo espírito (Dr. Fritz) apresenta opiniões tão divergentes ?

No primeiro caso, ele (o espírito) ataca diretamente o médium Rubens de Faria e, menos de dez dias depois, vai ao programa do Gugu na TV defendê-lo !

Tal é apenas mais um exemplo do que se verifica ao longo da história do espiritismo: a mesma "entidade" , quando "incorporada" em diferentes médiuns, apresenta fatos, opiniões e ensinamentos diversos.

Agora, caberia outra pergunta: haveria mesmo tal "incorporação" ?

A resposta é NÃO.

As "mensagens reveladas" não tem nada do outro mundo, mas do mundo dos vivos mesmo.

As informações passadas são as mesmas que se encontram na mente do médium e, no máximo, das demais pessoas presentes.

Um exemplo típico são as reuniões mediúnicas.

Quando seus componentes são pessoas de alguma cultura, as mensagens apresentam um nível até razoável.

Já quando os componentes são pessoas mais simples e ignorantes, o mesmíssimo espírito só revela banais informações.

O próprio D-Home, um dos maiores sensitivos de todos sos tempos, denuncia este fato.

Já personalidades como o Dr. Richet se mostram até irônicas quanto a esta realidade:

"Mostra-nos eles poetas que não sabem conhecem poesia ; filósofos que não conhecem a filosofia ; padres que não conhecem a religião". (Tratado de Metpsiquica, I, p. 122).

É de se considerar ainda que diversos médiuns afirmaram (Arigó, Edson Queiroz...) ou afirmam (José Penuz, Rubens de Faria...) incorporar o Dr. Fritz.

Deve ser o primeiro caso de "Espírito de Grife" no mundo, mas afora este inusitado aspecto, observemos: o próprio José Penuz diz atender "em média, três mil pessoas por semana em Ponta Grossa e região."

Mudou-se para o Rio, obedecendo o Dr. Fritz, área do concorrente Rubens de Faria, que atendia muito mais gente.

O estopim do escândalo foi justamente o divórcio deste último e a típica disputa pelos bens o que, em resumo, mostra também o forte apelo financeiro que envolve tais práticas mediúnicas.

Obviamente, não há nexo causal em cobrar pelas consultas e serem falsas as "incorporações", mas tal informação, a par de outros dados (divergência entre o que os "espíritos" revelam; divergências entre os médiuns...) levanta fortes suspeitas quanto a veracidade de tais "incorporações".

O pior de tudo é que o Dr. Fritz parece colaborar com este estado de algazarra.

Ora, já que ele teve grande audiência no programa do Gugu, no SBT, poderia ter aproveitado a ocasião e fornecer boas garantias probatórias.

No entanto, a reportagem nos diz que ele "deixou perguntas sem respostas.

Não disse em que faculdade e em que ano se formou."

Certamente estas informações pedidas seriam muito mais úteis para os fiéis que simples apelos sentimentalóides a favor ou contra tal médium.

Enfim, sonegou informações básicas. É uma pena !

DESAFIOS E CONFISSÕES DE EX-ESPÍRITAS AOS "ESPÍRITOS"!

Autor: Cledson Ramos
Fonte: www.veritatis.com.br

OS DESMENTIDOS DO ESPIRITISMO


A medida que a ciência avança (derrubando as superstições) e a consciência pesa (mostrando o quanto o homem procura Deus), aumenta o número de propagadores do Espiritismo que abandonam tal doutrina.

Citemos rapidamente alguns casos bem interessantes:

- As Irmãs Fox:

As irmãs Margareth e Katie Fox (Hydesville, EUA): é onde e por conta de quem nasce o chamado "Espiritismo Moderno".

Abandonam a farsa, reconhecendo que, quando crianças , eram enganadas pela irmã mais velha (20 anos de diferença) e quando tomaram consciência da farsa, ainda continuaram por um tempo, devido ao dinheiro que trazia.

No Brasil, espíritas tentam colocar o Espiritismo como surgido na França, mas é a própria "Union Spirite Française", fundada por Allan Kardec, que narra:

"Aqui nasceu o movimento espiritista moderno. Neste lugar estava, em Hydesville, a casa de habitação das irmãs Fox, cuja comunicação mediúnica com o mundo dos espíritos foi estabelecida a 31 de março de 1848."

O texto, constante em uma lápide, foi reproduzido na "Revue Spirite", também fundada por Allan Kardec, em 1858.

- Camilo Flammarion:


É o cientista que ajudou Allan Kardec a escrever "A Gênese".

As idéias contidas neste livro constam como sendo dos espíritos (um deles seria o espírito de Galileu).

O livro está repleto dos erros da astronomia e biologia da época.

São erros que variam desde a evolução das espécies até o número de satélites dos planetas.

Eis o desmentido de Camilo Flammarion, muitos anos depois, ao se referir às idéias espíritas:

"São evidentemente o reflexo do que eu sabia, do que pensávamos naquela época sobre a cosmogonia".
(...)

"Se o caro colega espera que diga alguma coisa de preciso eu não poderia. Comecei meus trabalhos com referência a essa questão em 1862; eis, pois, sessenta anos que os pesquiso. Hoje não posso afirmar senão uma coisa, é que eu nada sei, é que não compreendo nada absolutamente. Um só ponto me parece esclarecido: é que, na grande maioria dos casos, há sugestão consciente ou não de espírito a espírito". ( Les morts vivent-isl, p. 89)

Interessante esta última frase: a sugestão consciente (leia-se: fraude) e inconsciente (hoje estudada pela Parapsicologia).

- A esposa de Henry Houdini

O famoso prestidigitador Henry Houdini tinha combinado com sua senhora de aparecer-lhe depois da morte.

E para que ela pudesse ter plena certeza e garantia da identidade da sua aparição, combinaram um sinal bem secreto.

Ele, de fato, morreu primeiro.

Os espíritas convidaram a viúva a várias sessões, dando-lhes a garantia da comunicação com o marido morto.

Finalmente, em uma destas sessões, conseguem contato com o falecido marido.

A senhora Houdini pediu " àquele espírito que tinha aparecido", que lhe confirmasse a senha, a fim de identificá-lo.

Nada, nem meia senha.

A senhora Houdini abandona o espiritismo.

- Daniel-Dunglas Home

Daniel-Dunglas Home foi considerado pelos espíritas como um dos médiuns mais poderosos do século XIX..

Suas apresentações enchiam teatros, atraindo a elite da época.

Seu prestígio dominava a Inglaterra, França, Alemanha e Rússia.

Seus méritos não eram poucos.

Mas eis que perto do fim da sua vida, uma conversa com Philips Davids, seu médico particular, temos mais um desmentido:

"É verdade antes de tudo que aquela multidão de espíritos diante dos quais se ajoelham as almas crédulas e supersticiosas jamais existiram, ao menos para mim. Eu nunca os encontrei em meu caminho".
(...)

"Um médium não pode acreditar nos espíritos. É mesmo o único que neles nunca pode acreditar".

De fato, hoje se sabe que as proezas de Daniel Home, quando não eram fraudes, não passam de simples casos explicados pela parapsicologia, como a levitação, que nada tem a ver com o sobrenatural.

- Amauri Pena, o sobrinho de Chico Xavier

O famoso Chico Xavier tem um sobrinho chamado Amauri Pena que, aos treze anos de idade, bom leitor como o tio, já escrevia poemas e lia as obras espíritas.

Mais tarde, estudou ainda literatura brasileira, portuguesa e francesa.

Eis que o sobrinho também "psicografava", e muito !

Foi considerado pela FEB como o sucessor de Chico Xavier, a mesma FEB que não aceitaria (?!) mais tarde o seu desmentido.

Eis que em 1958, Amauri Pena procura a imprensa mineira e solta a notícia bombástica:

"Tudo o que tenho psicografado até hoje, apesar das diferenças de estilo, foi criado por minha própria imaginação, sem que precisasse da interferência de outro mundo".
(...)

"Depois de anos, resolvi por uma questão de consciência contar a verdade".
(...)

"Vi-me, então, diante de duas alternativas: mergulhar de vez na mentira e arruinar-me para sempre ou levantar-se corajosamente para penitenciar-me diante do mundo e de mim mesmo, libertando-me definitivamente. Foi o que resolvi fazer".
(...)

"Tenho uma obra idêntica (ao "Parnaso do Além Túmulo", de Chico Xavier) e, para fazê-la, não recorri a nenhuma psicografia".

A reação dos espíritas nacionalistas não demorou.

O Reformador, da FEB, tentava se consolar, dizendo que Jesus também teve o seu traidor.

Um dos escritores espíritas da época (Irmão Saulo) anunciava a respeito da psicografia de Amauri Pena: "é inegável e irretratável" (?!).

Não é a toa que o Espiritismo vem decaindo em toda a Europa, e demais países.

Só no Brasil, praticamente, que esta superstição consegue sobreviver.

Fato um tanto constrangedor, diga-se de passagem, para a doutrina que seria "triunfante" !!!

TEORIA DO RESGATE: UM EXEMPLO ESPÍRITA

Autor: Cledson Ramos
Fonte: www.veritatis.com.br

Mal tínhamos lançado no ar a nossa "Teoria do Resgate" e eis que em pouco tempo recebemos o e-mail de um espírita, do qual destacamos (em itálico) os trechos abaixo:

"O principal motivo de ser do Espiritismo é resgatar o Cristianismo em sua essência, posto que as instituições que se encarregaram de difundi-lo, notadamente a Igreja Católica, perderam-se em meio a formalismos e dogmas que contrariam frontalmente a simplicidade da doutrina do Cristo."
Não houve outra solução a não ser remeter o interlocutor para que lesse melhor o texto da "Teoria do Resgate" e, portanto, efetuasse a operação ali pedida.

Para quem não se lembra de tal texto, pedimos que o leia, antes de prosseguir neste de agora.

"Em Minas Gerais, nós, espíritas, estudamos assiduamente o Evangelho, e grupos há que dedicam anos e anos ao estudo do Velho Testamento. Essas práticas, embora não sejam regra no movimento espírita, tendem a aumentar a cada dia, pois crescentemente vem-se percebendo sua importância. Esse estudo não só fortalece as bases do Espiritismo, como leva seus adeptos a uma vivência cristã que, inegavelmente, nem a maioria dos católicos praticantes, nem dos evangélicos, possui."

Aqui o autor do e-mail apelou para o que chamamos de "argumento puritano": meu grupo é puro e santo... na sua Igreja só tem pecador... e por aí vai.

Como insistisse bastante neste ponto, ao longo da conversa mantida, foi preciso demonstrar, através da sucessiva troca de mensagens, que:

1. Os espíritas não são tão imaculados assim.

A própria Bíblia fala que todos pecam e qualquer pessoa de bom senso sabe disso.

2. Esta comunidade de santos só existe no céu: é a Igreja Triunfante.

Aqui, na Terra, trigo e joio crescerão juntos.

3. Ainda que os espíritas fossem puros como ouro provado pelo fogo, isto não garante que o Espiritismo (a doutrina) seja isenta de erros. "

As Contradições Sobre a Reencarnação" bem demonstram esta realidade.

4. Na Igreja Católica também houve e há pessoas que foram ou são grandes exemplos para humanidade.

Os melhores dos espíritas, nem de longe, se comparam a um São Francisco ou a uma Santa Teresa D´Ávila.

5. Ainda que não houvesse tais santos na Igreja, isto não quer dizer que ela propagasse erros.

A prática não se confunde com a doutrina ensinada.

6. Atos humanos se comparam com atos humanos; doutrina, com doutrina.

Logo, a comparação maior consiste em Espiritismo X Cristianismo, tal qual aparece, p. ex., no texto "O Espiritismo é Cristão?".

7. Tais apelos emocionais e puritanos nada tem a ver com o que é pedido na "Teoria do Resgate".

Óbvio que tais argumentos e outros foram desenvolvidos.

Não há porque repeti-los aqui, uma vez que o interesse imediato se reduz em dar um exemplo envolvendo o Espiritismo e a Teoria do Resgate.

Neste último texto, havíamos destacado exemplos protestantes, mas com a devida advertência de que a dita teoria se aplicava a diversos outros grupos.

De omissão ninguém pode nos acusar:

"Como foi dito antes, são diversos os grupos não-católicos que apelam para tal recurso (protestantes, maçons, espíritas, aquarianos...). No entanto, daremos preferência aos protestantes. E para que ninguém mande a acusação de que preferimos uma heresia a outra (?!), adiantamos que tal escolha se dá, simplesmente, porque é neste grupo que mais temos visto o mencionado sofisma. Se é porque os grupos protestantes predominam em número sobre as demais seitas, ou se é porque utilizam mais tal argumento, isto não vem ao caso. Prossigamos."

"Portanto, enfatizo que o Espiritismo é cristão, sim, e só tenderá a crescer, até sepultar, de vez, todos os enganos que, durante os últimos 20 séculos, têm sido divulgados, por ignorância ou má-fé, sobre a mensagem de Jesus."

Era aqui, precisamente, que o autor deveria mostra estes "erros" que marcaram os "últimos 20 séculos" do Cristianismo.

Para tanto, deveria mostrar quais eram as verdades do Cristianismo, como foram perdidas, quem introduziu tantos erros, como, enfim, veio o Espiritismo para "resgatar o Cristianismo em sua essência"...ou seja, toda a operação solicitada pela "Teoria do Resgate".

Obviamente, assim não aconteceu, nem ao longo da História, e menos ainda no bate-papo mantido por e-mail.

Considerando, porém, que já nos surgiram espíritas para dizer que "os primeiros cristãos se reuniam para invocar os mortos", então vamos pegar este exemplo para servir de objeto a nossa teoria.

Óbvio que outros exemplos poderiam ser usados, tipo aqueles divergências que aparecem no texto "O Espiritismo é Cristão?".

Primeiro, demonstrar com provas a referida prática.

Onde consta na Bíblia?

Quem são os autores patrísticos que dão testemunho dela ?

Ora, o que vejo não é nada disso.

Consta sim que os primeiros cristãos se reuniam para a Ceia Eucarística, tal qual prega hoje a Igreja Católica:

"Porque recebi do Senhor o que vos transmiti: O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: "Isto é meu corpo, que se dá por vós; fazei isto em memória de mim". E, do mesmo modo, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: "Este cálice é o nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim". Pois todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que ele venha. Assim, pois, quem come o pão ou bebe o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo e então coma do pão e beba do cálice; pois aquele que, sem discernir o corpo [do Senhor], come e bebe, come e bebe sua própria condenação." (I Cor 11, 23-29)

Até que Ele venha... Como Cristo ainda não voltou, pior ainda para aqueles que ousaram desobedecer as Suas ordens.

E para não sermos ainda mais prolixos, sugerimos ao leitor que não deixe de ler as seguintes passagens bíblicas: Mt 26,26s ; Mc 14, 22s, Lc 22,19s.

Se há quem prefere desobedecer a Cristo, conforme Ele próprio já previra, então nada resta além das fortes e magníficas palavras abaixo:

"Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo descido do céu. Se alguém comer deste pão viverá para sempre. E o pão que eu darei é minha carne para a vida do mundo".

"Os judeus começaram a discutir entre si: "Como pode esse homem nos dar de comer sua carne?" Jesus lhes disse: "Na verdade eu vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come minha carne e bebe meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe meu sangue permanece em mim, e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim também quem comer de minha carne viverá por mim." (Jo 6, 48-58)

Também São Justino, ainda no século II, dá o seu testemunho:

"Quando as orações terminam, saudamo-nos uns aos outros com um ósculo. Em seguida, leva-se àquele que preside aos irmãos pão e um cálice de água e de vinho misturados. Ele os toma e faz subir louvor e glória ao Pai do universo, no nome do Filho e do Espírito Santo e rende graças (em grego: Eucharistian) longamente pelo fato de termos sido julgados dignos destes dons." (S. Justino, Apol. 1,65)

Interessante notar ainda a passagem em que São Justino mostra que aqueles "que entre nós se chamam diáconos" também levam o pão, o vinho e a água aos ausentes.

Ou seja, se a Eucaristia fosse apenas um símbolo qualquer, não havia porque os diáconos se darem a este trabalho, e menos ainda São Paulo ter ameaçado que "quem come o pão ou bebe o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor".

Quanto a esta conversa de que os primeiros cristãos se reuniam não para o Sacrifício Eucarístico, mas sim para "evocar os mortos" é algo simplesmente absurdo.

Onde estão, afinal, estes "médiuns cristãos" ?

Ainda que fosse superado este obstáculo, isto é, de o espírita demonstrar a tal corriqueira prática mediúnica, deveria ainda ele mostrar como é que estes mesmos cristãos mudaram tão rapidamente a forma e o conteúdo da reunião, adotando o ritual descrito por São Paulo, São Justino e outros.

Se possível isto fosse, mostrar os motivos para tão brusca alteração, bem como o devido resgate das "verdades perdidas".

Logo, não seria só a questão da "reunião" (Missa X Evocação dos Mortos), mas cada um dos pontos divergentes entre o que prega hoje o espiritismo e o que ensina a Igreja, mostrando, finalmente, quem se manteve fiel aos 2000 anos de Cristianismo, tal qual solicitado na Teoria do Resgate.

Continuamos aguardando !