sábado, 5 de abril de 2008

DEFESA ESPÍRITA AS CONSIDERAÇÕES RACIAIS DE KARDEC

Autor: Fabiano Armellini
Fonte: www.montfort.org.br


Nome: Vera
Enviada em: 14/04/2005
Local: Porto Alegre - RS,
Religião: Outras


Esqueceram-se de considerar que Allan Kardec viveu numa época de forte repressão religiosa, principalmente por parte da Igreja Católica, fundadora do Cristianismo do qual o Messias se chamava “Constantino, O Grande”, e cujos ensinamentos messiânicos também eram provenientes de Constantino, O Grande (inclusive a alteração do dia de Sábado para o Domingo); Cristianismo que é seguido até hoje por todos os seus bilhares de fiéis espalhados pelo mundo todo - e que, em nome desse Cristianismo, a Igreja Católica (essa mesma, cujo último líder morreu no dia certo: 1º de Abril) em vergonhosa concomitância por negociações econômicas muito vantajosas com as classes dominantes (conforme testemunha o infindável patrimônio da Igreja Romana), que inclusive inibia e dominava a ciência, como ainda inibe e domina até hoje... já haviam decidido que havia uma raça de humanos que era superior, e que essa raça era a caucasiana ariana, como é até hoje.

Obviamente, sob a ameaça das fogueiras da Inquisição, ou alguma outra barbaridade selvagem como essa, Allan Kardec deve ter “comido o maior dobrado” para conseguir se comunicar de forma inteligente, conforme poderá ser observado através da leitura da obra dele, inclusive nesse dito que foi apontado pelo Sr. Orlando Fedeli, e que agora uso como exemplo:

“6 --Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomarmos uma criança hotentote recém nascida e a educarmos nas melhores escolas, fareis dela, um dia, um Laplace ou um Newton?" (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 126).

Allan Kardec explicita seu racismo brutal e grosseiro na resposta que dá a essa pergunta, por ele mesmo feita:

"Em relação à sexta questão, dir-se-á, sem dúvida, que o Hotentote é de uma raça inferior; então, perguntaremos se o Hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, porque procurar fazê-lo cristão ?" (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 127).”

Qualquer pessoa mais esclarecida, imparcial e que tenha melhor conhecimento de causa, poderá enxergar nitidamente uma CRÍTICA IMPLÍCITA ÓBVIA – e mais ainda, UM CRÍTICA IMPLÍCITA ÓBVIA QUE ELE FEZ CONTRA O RACISMO RELIGIOSO, OU CONTRA O RACISTA QUE O ESTAVA QUESTIONANDO, através do qual está subentendida a seguinte pergunta: “Se são seres inferiores, então porque A IGREJA os quer transformar em cristãos?” (porque é sabido que unificar o Cristianismo Católico, é uma obsessão da Igreja Romana até hoje).

Eis um dos motivos que faziam Nostradamus tremer de pavor diante da hipótese de interpretação ignorante, da obra que ele nos deixou. Por isso ele deixou essa importante informação, escrita com resposta para ser encontrada através de um cálculo do tipo problema matemático bem infantil:

“O Gênio virá na segunda geração APÓS O ANTI-CRISTO, quando os recém-nascidos de HOJE tiverem seus netos, na metade do século XXI. (I pg. 300)”

Ora, segunda geração APÓS O ANTI-CRISTO; e netos são a segunda geração. O século XXI foi despiste, do tipo “pega ratão”, pois os recém nascidos daquela época não poderiam ter netos na metade do século XXI, a menos que, cada pessoa vivesse 300 anos naquele tempo. O que ele pretendia denunciar com isso, é que o Anti-Cristo foi criado na época dele – o que provavelmente, ele testemunhou.

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Os profetas do passado tinham problemas muito sérios para comunicarem qualquer coisa que contrariasse os domas daqueles que comandavam a Terra através do terror e opressão (e comandam até hoje), como a Igreja Romana, por exemplo.

Muitas inspirações proféticas não eram para serem entendidas pela humanidade naquelas épocas de pavor, escravidão, repressão... e sim, quando a humanidade tivesse condições e liberdade para usar o Tico & Teco, com os quais o Pai premiou cada cabeça (o que estava previsto acontecer à razão das visões de Fátima – cujo cálculo de tempo denota um último aviso e as conseqüências resultantes de ser ignorado TAMBÉM ESSE ÚLTIMO AVISO), cujo TERCEIRO e de fundamental importância, ficou oculto até maio de 2000 – logicamente, pela Igreja Romana, que até armou uma presepada em 1981, para se enquadrar por “boazinha”.

Outro problema desse gênero, pode ser observado em Revelação – Livro que contém as revelações esclarecedoras de Jesus Cristo para João – principalmente no Capítulo 13, mais especificamente dos versículos 11 ao 18, que diz (Não pretendendo imitar alguém, MAS JÁ IMITANDO – as partes grifadas foram colhidas da Bíblia, e as partes sublinhadas são minhas):

“E eu vi outra fera ascender da terra, e ela tinha dois chifres semelhantes aos dum cordeiro, mas começou a falar como dragão.” (Ou seja, uma fera semelhante a Jesus Cristo, mas que falava como Constantino, O Grande). “E exerce toda a autoridade da primeira fera à vista dela.” (as feras bíblicas são sistemas de comando que COMERCIALIZAM o nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo – do tipo religiões – nesse caso, o Catolicismo Romano) “E faz a Terra e os que moram nela adorar a primeira fera, cujo golpe mortal ficou curado. E ela realiza grandes sinais, para fazer até mesmo fogo descer do céu para a Terra à vista da humanidade.” (com certeza, fantasias iguais a essa: Números, Capítulo 11 – “Então, o povo tornou-se como homens que têm algo de mau a queixar-se aos ouvidos de Deus. Quando Deus escutou isso, se acendeu a sua ira e um fogo da parte de Deus, começou a arder contra eles e a consumir alguns na extremidade do acampamento.”).

“E desencaminha os que moram na Terra por causa dos sinais que lhe foi concedido realizar à vista da fera, ao passo que diz aos que moram na Terra que façam uma imagem da fera que sofrera o golpe mortal E AINDA ASSIM REVIVEU.

E foi-lhe concedido dar fôlego à imagem da fera, de modo que a imagem da fera falasse (teria sigo algo como “um santo do pau oco?) e fizesse matar a todos os que de modo algum adorassem a imagem da fera.”

E ela põe a todas as pessoas SOB COMPULSÃO (como é até hoje), pequenos e grandes, e ricos e pobres, e livres e escravos, para que dêem a estes uma marca na sua mão direita ou NA SUA TESTA (a única marca de necessidade compulsiva e obrigatória na testa é o batismo; e para aqueles que acrescentaram na Bíblia, fantasias iguais a acima mencionada em Números, acrescentar “uma marca na mão direita” é mero detalhe), e para que ninguém possa comprar ou vender, exceto aquele que tiver a MARCA (batismo), o NOME da fera (cristão), ou o número do seu nome.

Aqui é que está a sabedoria: Quem tiver inteligência calcule o número da fera, pois é número de homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.“ (Convém lembrar que a Bíblia é um livro que contém 66 livros. Já soube que existem versões da Bíblia – cada qual mais inalterada do que a outra – que contém 72 livros, e nesse caso também há um cálculo, porque 66 + 6 = 72.).

Talvez algumas bilhares de pessoas tenham construído “suas casas na areia”, conforme disse o inteligentíssimo Jesus Cristo... porque tem que ser muito inteligente para usar a fera como isca para apontar ela mesma.

Quem mandou não acreditar Nele e nos PROFETAS que Ele enviou, né???

Se fosse para bilhares e mais bilhares e mais bilhares de cabeças pensarem pela cabeça de uma pessoa só, Deus não teria posto um cérebro em cada cabeça – de modo que não existe nada mais mortal e pecaminoso, do que não se usar o cérebro que se recebeu.

Vera Kindermann


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Prezada Vera,
salve Maria.

Sua carta, cheia de ódio e blasfêmias infundadas contra a Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, revela bem o "espírito" kardecista. A sua fúria revela que você foi atingida pela nossa acusação de racismo do Kardec, e geme de dor por isso. E em troca destila todo o seu ódio à Santa Madre Igreja e sua hierarquia, nem mesmo respeitando a memória do Papa João Paulo II, que acaba de morrer.

Não sei de onde você tirou que o Kardec vivia numa época de forte repressão religiosa... ele viveu numa época, pelo contrário, de forte repressão CONTRA a religião. Sua época, o sec. XIX, é a época dos historiadores românticos, que inventaram várias mentiras sobre a História da Igreja, que, embora já tenham sido desmentidas por historiadores mais sérios, continuam sendo repetidas em meios não-católicos. É o século de Freud, de Marx, de Darwin, do evolucionismo, do ateísmo, da eugenia, e do nacionalismo. Os princípios do sec. XIX, princípios todos esses laicos, foram os causadores das duas grandes guerras, do nazismo e do comunismo no sec. XX. É essa a época de Kardec. É uma época de laicização do mundo, da queda das monarquias em todo mundo e do estabelecimento dos princípios da Revolução Francesa, contrários aos princípios católicos.

Muito infeliz portanto a sua colocação sobre a época de Kardec. Ele é um fruto de seu século. Sua pretensão em dar um caráter científico à religião é uma prova disso; pretensão esta absurda pois a Ciência, que investiga os fenômenos materiais, jamais poderá explicar o sobrenatural.

O racismo de Kardec é outra prova de que ele é fruto de seu século: ele não passa de um reflexo da sociedade de sua época, onde o evolucionismo e o eugenismo, germes do nazismo, estavam aflorando e, com eles, as idéias racistas que são patentes nas obras de Kardec.

Quer uma prova? A citação que você copiou em sua carta, mas não teve capacidade de saber interpretar:

"Se [o selvagem] é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica".

Você concorda com essa colocação dos "espíritos superiores", de que a raça negra (que são racisticamente chamados de "selvagens") possui menos dotes do que a raça caucásia?

Estaria ele falando de privilégios materiais, já que a Europa era rica e a África pobre, ou esses privilégios seriam dotes, como inteligência, capacidade, etc?

Vejamos então outras passagens racistas do Kardec para responder essa questão:

"O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso (sic!).

Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados" (Allan Kardec, A Gênese, Ed. Lake, São Paulo, 1a edição, comemorativa do 100 aniversário dessa obra p. 187.

Os destaques são meus, para o caso de você, em sua leitura enviezada, não ser capaz de identificar os elementos racistas dessa citação).

Ah, então há raças mais inteligentes?!? Começa a ficar claro a que "privilégios" o Kardec e sua corja de "espíritos superiores" estavam fazendo referência.

E, de passagem, não sei se você notou a influência da filosofia evolucionista nesta citação do Kardec, ao considerar os negros menos "evoluídos" por "mal se distinguirem dos macacos". Deplorável essa colocação, você não acha?

Para não parecer que a frase acima é uma frase isolada, vamos ver outras que passam a mesma idéia:

"Esses Espíritos dos selvagens, entretanto pertencem à humanidade; atingirão um dia o nível de seus irmãos mais velhos, mas certamente isso não se dará no corpo da mesma raça física, impróprio a certo desenvolvimento intelectual e moral. Quando o instrumento não estiver mais em relação ao desenvolvimento, emigrarão de tal ambiente para se encarnar num grau superior, e assim por diante, até que hajam conquistado todos os graus terrestres, depois do que deixarão a Terra para passar a mundos mais e mais adiantados"

(Revue Spirite, abril de 1863, pág. 97: Perfectibilidade da raça negra, in Allan Kardec, A Gênese, Ed. cit. p. 187. Mais uma vez, os destaques são meus).

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Está bom ou quer mais? Na dúvida, eu mando mais uma do Kardec, agora sobre os chineses:

"Um chinês, por exemplo, que progredisse suficientemente e não encontrasse na sua raça um meio correspondente ao grau que atingiu, encarnará entre um povo mais adiantado" (Allan Kardec, O que é o Espiritismo, Edição da Federação Espírita Brasileira, Brasília, 32a edição, sem data, pp. 206-207. A edição original de Qu"est ce que le Spiritisme é de 1859).

E veja também o que o Kardec fala sobre a aparência dos negros, o que bem mostra o baixo nível do seu preconceito racista:

"O negro pode ser belo para o negro, como um gato é belo para um gato; mas não é belo no sentido absoluto, porque os seus traços grosseiros, seus lábios espessos acusam a materialidade dos instintos; podem bem exprimir as paixões violentas, mas não saberiam se prestar às nuanças delicadas dos sentimentos e às modulações de um espírito fino.

Eis porque podemos, sem fatuidade, eu creio, nos dizer mais belos do que os negros e os Hotentotes; mas talvez também seremos, para as gerações futuras, o que os Hotentotes são em relação a nós; e quem sabe se, quando encontrarem os nossos fósseis, não os tomarão pelos de alguma variedade de animais." (Allan Kardec, Teoria da Beleza, in Obras Póstumas, p.131. O negrito é meu.)

Veja então que os "privilégios" aos quais a raça negra, segundo o Kardec, fora desertada, não são privilégios materiais (riqueza), mas caracteres intelectuais, morais e estéticos. Tremendo, não? Repito a pergunta: você concorda com o Kardec nessas infelizes colocações?

Todas essas frases nós já havíamos publicado em nosso site. Se você quer realmente fazer uma defesa séria do racismo do Kardec, deve levar todas essas citações em conta, e não apenas uma isolada, emitindo uma interpretação totalmente parcial e equivocada da mesma, como você fez em sua carta.

Como sustentar sua “opinião” de que Kardec estava criticando o “racismo religioso” de sua época, racismo esse que nunca existiu em meios católicos. Por acaso foi em países católicos que houve Apartheid ou grupos como o Ku Klux Klan?

E já que estamos falando do seu racismo, para deixar minha resposta bem completa, e para constar nela todo o material que você deve tentar refutar para excusar o racismo do kardecismo, veja você a abstrusa exposição do Kardec sobre o surgimento das raças na Terra, texto que tem o título "Raça Adâmica", extraído do livro “O Gênesis” do Kardec (os destaques são meus):

Raça adâmica

38. - "De acordo com o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes imigrações, ou, se quiserem, uma dessas colônias de Espíritos, vinda de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão mesma, chamada raça adâmica.

Quando ela aqui chegou, a Terra já estava povoada desde tempos imemoriais, como a América, quando aí chegaram os europeus. Mais adiantada do que as que a tinham precedido neste planeta, a raça adâmica é, com efeito, a mais inteligente, a que impele ao progresso todas as outras. A Gênese no-la mostra, desde os seus primórdios, industriosa, apta às artes e às ciências, sem haver passado aqui pela infância espiritual, o que não se dá com as raças primitivas, mas concorda com a opinião de que ela se compunha de Espíritos que já tinham progredido bastante.

Tudo prova que a raça adâmica não é antiga na Terra e nada se opõe a que seja considerada como habitando este globo desde apenas alguns milhares de anos, o que não estaria em contradição nem com os fatos geológicos, nem com as observações antropológicas, antes tenderia a confirmá-las.

39. - No estado atual dos conhecimentos, não é admissível a doutrina segundo a qual todo o gênero humano procede de uma individualidade única, de há seis mil anos somente a esta parte.

Tomadas à ordem física e à ordem moral, as considerações que a contradizem se resumem no seguinte:

Do ponto de vista fisiológico, algumas raças apresentam característicos tipos particulares, que não permitem se lhes assinale uma origem comum.

Há diferenças que evidentemente não são simples efeito do clima, pois que os brancos que se reproduzem nos países dos negros não se tornam negros e reciprocamente.

O ardor do Sol tosta e brune a epiderme, porém nunca transformou um branco em negro, nem lhe achatou o nariz, ou mudou a forma dos traços da fisionomia, nem lhe tornou lanzudo e encarapinhado o cabelo comprido e sedoso.

Sabe-se hoje que a cor do negro provém de um tecidoespecial subcutâneo, peculiar à espécie. Há-se, pois, de considerar as raças negras, mongólicas, caucásicas como tendo origem própria, como tendo nascido simultânea ou sucessivamente em diversas partes do globo.

O cruzamento delas produziu as raças mistas secundárias. Os caracteres fisiológicos das raças primitivas constituem indício evidente de que elas procedem de tipos especiais. As mesmas considerações aplicam, conseguintemente, assim aos homens, quanto aos animais, no que concerne à pluralidade dos troncos. (Cap. X, nos 2 e seguintes.)

40. - Adão e seus descendentes são apresentados na Gênese como homens sobremaneira inteligentes, pois que, desde a segunda geração, constroem cidades, cultivam a terra, trabalham os metais.

São rápidos e duradouros seus progressos nas artes e nas ciências. Não se conceberia, portanto, que esse tronco tenha tido, como ramos, numerosos povos tão atrasados, de inteligência tão rudimentar, que ainda em nossos dias rastejam a animalidade, que hajam perdido todos os traços e, até, a menor lembrança do que faziam seus pais.

Tão radical diferença nas aptidões intelectuais e no desenvolvimento morai atesta, com evidência não menor, uma diferença de origem." (Allan Kardec, A Gênese, FEB, 36a. edição, Cap. XI - Gênese Espiritual, nn. 38-40, pp. 226-228).

Note, minha cara Vera, que Kardec está negando que a "raça adâmica" tenha a mesma origem que as demais raças "atrasadas", que já povoavam a terra quando ela chegou de "outra esfera"... aliás, de outra esfera quereria dizer... de outro planeta?!?

A raça adâmica seria uma raça... extraterrestre?!? Essa é, de fato, uma explicação de outro mundo!

Paro minha análise deste texto maluco por aqui. Imagino que, isso posto, fica bem claro o racismo do Kardec, e a explicação de baixíssimo nível que ele apresenta para tentar justificá-lo. Como eu já disse e repito, uma defesa séria do Kardec implica na refutação de TODOS os textos que eu acabei de lhe apresentar.

Boa sorte!

In Iesu et Maria,
Fabiano Armellini.

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Prezado Sr. Fabiano Armellini

In Iesu et Maria.

Não existe ódio na mensagem que eu enviei. Existe verdade e o Senhor bem o sabe, assim como sabe também, que eu mesma fui forçada a testemunhar a repressão religiosa, como todos o são até os dias de hoje, através da obrigatoriedade do ensino do Cristianismo Católico nas escolas. Não há mais fogueiras, torturas & mortes, saques e terrores impingidos pela Santa Igreja Católica, mas ainda existem muitas memórias, inclusive com relação às bênçãos dessa Igreja para com as armas de guerra, e também para as guerras.

Por mais que os historiadores, populares ou estudiosos, sérios ou coagidos pela Santa Igreja em questão, sempre em comum acordo com as classes dominantes e ricas, tentassem esconder, foi impossível não perceber a verdadeira origem do racismo (entre muitas outras coisas), por causa da escravidão, de modo que o senhor está negando o que é óbvio e sabido por milhares de pessoas.

Eu não sou Espírita (ainda não). Sou católica, porque era obrigatório na época em que eu nasci, pertencer a alguma religião - e, se os pais
não quisessem que os filhos fossem discriminados e perseguidos social e economicamente, a religião para marcar os filhos, obrigatoriamente tinha que ser a Católica Apostólica Romana.

Isso ninguém me disse. Isso eu não li em livros, porque eu não me limito a aprender apenas o que os humanos escreveram para que fosse
aprendido. Existem muitas fontes altamente educativas, e eu aproveito todas que se me apresentam.

Isso eu vivi!

Allan Kardec não tinha poder para alterar o racismo na Terra, assim como também não era dele o dever de combater o racismo naquela época, porque isso era dever da Santa Igreja Católica que se auto denomina única e exclusiva "Representante de Deus & de Cristo na Terra", e que não o fez. A ciência tem como comprovar o espírito sim, mas como nunca deixou de estar reprimida, a humanidade ainda não conta nem com a informação científica da própria origem. Se as pessoas eram racistas naquela época (como ainda são), é porque a ciência era racista (e ainda é) e porque a própria Bíblia é racista por atribuir somente a criação caucasiana ao Pai, omitindo as outras (obviamente pela mesma ignorância aplicada aos dinossauros), de modo que, se Allan Kardec cometeu algum erro, com certeza ele foi induzido a cometer pelas forças humanas que escreveram a Bíblia, e pelas forças humanas que comandavam todas as coisas e cabeças naquela época, inclusive a dos cientistas. Entretanto, me convém mencionar que no livro "A Gênese" que eu tenho (porque foi adquirido gratuitamente, ao contrário do batismo católico), a explicação está totalmente diferente dessas que o assessor da Igreja Romana apontou na mensagem dele, o que me faz deduzir que isso possa ser apenas "CONVERSAS DE MATILDES" (sem pretender ofender as Matildes).

Francamente, não fará nem a menor diferença para mim, os erros que o senhor e sua Santa Congregação possam impingir, inventar ou apontar contra Allan Kardec, obviamente apenas por medo (medo do que, com certeza, logo descobriremos), PORQUE PELOS FRUTOS, PODEMOS RECONHECER A ÁRVORE - e o senhor sabe disso.

Os frutos da Santa Igreja Romana, que enriqueceu através de blasfêmias contra o Pai e contra o Filho, e através de opressão, saque e terror contra todos os outros filhos (nós), é a miséria da maioria das próprias ovelhas cabisbaixas, o abandono, a degradação, a desesperança, a falta de fé, o racismo, o preconceito social & econômico & sexual & político, a maldade, a futilidade a vaidade - e isso tudo, em benefício dos grandes comandantes do capitalismo, dos governantes capitalistas e em prol de benefícios para própria Igreja Romana (como por exemplo, a escolha do Papa alemão, porque a Alemanha é a maior contribuinte financeira para a Igreja - e todo mundo sabe disso, porque foi divulgado pela mídia), atos mil, que ocasionaram na antecipação da destruição da Terra. O fruto do Cristianismo Romano, são pessoas perdidas que não sabem mais a quem recorrer para impedir ou se preservar dos efeitos dos atos maléficos provocados pela ganância capitalista, ampla e visivelmente apoiada pela Santa Igreja Romana - a mais rica de todas as empresas capitalistas da Terra.

Isso eu também vivi.

O fruto do Espiritismo não é perfeição - mas também não é racismo. O fruto do Espiritismo é caridade de pessoas que prestam serviço por amor gratuito àquelas ovelhas tristes, desesperançadas e até, desesperadas, que não encontram nenhum apoio (na verdade, nada de útil) da Igreja Romana que as atirou na miséria espiritual quando as abandonou às inúmeras injustiças, e à miséria econômica e social. E o fruto do Espiritismo é estudar muito, e a ciência e os ensinos de
Jesus Cristo são as principais bases - e aprender sempre, para evoluir sempre, de modo que nem o senhor e nem o assessor da Igreja Romana que escreveu aquela matéria transbordante de ódio, inveja e ressentimento contra Allan Kardec, necessitam se preocupar com o Espiritismo, porque se Allan Kardec cometeu algum erro, com certeza, ele já o consertou - de modo que, os senhores encontrarão isso se continuarem a ler as obras dele - o que poderá também lhes trazer
benefício mental, e consequentemente espiritual, e conhecimento suficiente, para que os senhores também desejem abandonar a "fera", para prestarem caridade aos seus semelhantes por amor, conforme ensinado por Jesus Cristo - e não mais por riquezas e poder para a Igreja Romana.

E isso eu estou vivendo.

Quanto à maluquice que o senhor diz conter a minha mensagem abaixo, está na Bíblia. Se o senhor ler, também encontrará.

De qualquer modo, se os senhores encontrarem, tanto uma outra empresa que se enquadre tão perfeitamente no Revelação, capítulos 13 ao 17 - quanto algum espírita kardecista racista... por favor me avise, porque eu também estou muito interessada em tudo que tenha relação com Deus, o Criador e a CRIAÇÃO DELE (incluindo a própria Terra), e que tenha relação com Jesus Cristo.

Não tenho ódio nenhum, Sr Fabiano - e se eu fosse espírita, eu teria dito apenas "tenha amor, irmão, muita paz e fraternidade", ou algo assim - enquanto assistia passivamente, a Santa Igreja Católica Apostólica Romana tentar reconquistar algumas das bilhares e mais bilhares de ovelhas que perdeu porque abandonou - às custas da difamação de Allan Kardec... mas como eu detesto injustiças, amo a justiça, e não sou espírita, então eu procuro sempre esclarecer, e se
tiver que apontar, eu aponto (e é por isso que eu não sou espírita).

Grata pela atenção.

Vera Chinder

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Prezada Vera,
salve Maria.

Sua resposta mostra que você não quer ou não sabe responder aos nossos argumentos sobre o racismo de Kardec.

Ao invés de analisar as frases, retiradas todas do "pentateuco" espírita, dos livros doutrinários de Allan Kardec, você prefere desviar o assunto e tirar a culpa do Kardec, atribuindo-a à sua época e dizendo que, se o Kardec era racista, a culpa disso seria das pessoas que "comandavam todas as coisas e cabeças naquela época". Destaco duas frases de sua resposta:

"Allan Kardec não tinha poder para alterar o racismo na Terra, assim como também não era dele o dever de combater o racismo naquela época, porque isso era dever da Santa Igreja Católica"

"se Allan Kardec cometeu algum erro, com certeza ele foi induzido a cometer pelas forças humanas que escreveram a Bíblia, e pelas forças humanas que comandavam todas as coisas e cabeças naquela época"

Ora, se o espiritismo diz que o Kardec foi o "Consolador" que Cristo prometera aos Apóstolos antes de sua Ascenção, por que então ele não teria poder de alterar o racismo na Terra? E mais: ainda que ele não tivesse (e realmente não tinha) esse poder, isso então seria motivo para capitular e aceitar o racismo? Vamos aplicar essa sua lógica a você mesma, cara Vera: você não concorda com a suposta "repressão religiosa" que, segundo você, a Igreja exerceria sobre a civilização de hoje. Ora, você não tem poder para mudar isso; logo, por que você não a aceita e a defende, como o Kardec fez com o racismo? Percebe a incoerência da sua lógica?

Você também diz que não era dever do Kardec lutar contra o racismo... ora, minha cara Vera, lutar contra a injustiça é dever de todos, dentro de suas possibilidades. Ou, no mínimo, não contribuir para ela. Não há nos escritos de Kardec nenhuma indicação de que ele estivesse inconfortável com o racismo da sociedade de sua época... pelo contrário, há frases que servem para aguçar o racismo em pessoas que já são racistas.

Você acusa a Igreja Católica injustamente de promover o racismo e a escravidão, ou pelo menos de não combatê-lo. Blasfêmia infundada, e que revela o seu ódio contra ela.

Por uma acaso, ignora você que a única época em toda a História em que não houve escravidão foi a Idade Média, quando a Igreja ditava a moral da sociedade? Ou ignora você, como eu já escrevi na minha outra resposta, e que você parece ter não lido, que não foi em países católicos que houve Apartheid ou o Ku Klux Klan, mas sim em países protestantes? Ignora você que o escravismo veio com o Renascimento, que queria resgatar os valores da civilização pagã (que era escravista)? Ignora você que Voltaire, "gênio" do Iluminismo, e que falava em igualdade, liberdade e fraternidade, e que combatia a Igreja Católica, era traficante de escravos?

Acaso a Igreja Católica fosse racista, haveria então santos negros, como São Benedito, Santa Efigênia, São Gelásio entre tantos outros?

O que você já estudou para saber se a Igreja combateu ou não a escravidão? Você já procurou ver o que os papas da época escreveram a respeito? Certamente não, pois se tivesse, teria facilmente encontrado, até mesmo na Internet, inúmeras declarações da Igreja contra o racismo e a escravidão, como por exemplo a Bula Immensa Pastorum de Bento XIV (1741), onde ele chama de desumanos os atos de prepotência contra os escravos e estabelece haja excomunhão "latae sententiae ipso facto incurrenda" (isto é, excomunhão automática desde que cometido o delito) para quem pratica a escravidão, a venda ou que maltrata um escravo. Ou então teria encontrado as declarações do Papa Paulo III (1537), ameaçando de excomunhão quem escravizasse os índios, ou de Urbano VIII (1639), que estipulou severas censuras canônicas para todos os que violentassem o livre arbítrio dos índios, convertidos ou não.

Isso sem contar as inúmeras declarações de padres, prelados e bispos da época com o mesmo teor, como por exemplo o Pe. Antônio Vieira que disse:

"Saibam os pretos, e não duvidem, que a mesma Mãe de Deus é Mãe sua..., porque num mesmo Espírito fomos batizados todos nós para sermos um mesmo corpo, ou sejamos judeus ou gentios, ou servos ou livres" (Pe. Antônio Vieira Sermão XIV in: Sermões, vol. IX Ed. das Américas 1958, p. 243).

E em outro sermão, condenando o tráfico negreiro:

"Nas outras terras, do que aram os homens e do que fiam e tecem mulheres se fazem os comércios: naquela [na África] o que geram os pais e o que criam a seus peitos as mães, é o que se vende e compra. Oh! trato desumano, em que a mercância são homens! Oh! mercância diabólica, em que os interesses se tiram das almas alheias e os ricos são das próprias!" (Pe. Antônio Vieira Sermão XXII in: op. cit., p. 64).

Onde está o racismo nestas palavras, minha cara Vera? Não parece muito diferentes estas palavras do Pe. Vieira e as do Kardec? E ele dizia estes sermões diante de senhores de escravos. Segundo sua lógica, deveria ele capitular, como fizera o Kardec?

Você acusa a Bíblia de ser racista "por atribuir somente a criação caucasiana ao Pai". Fico imaginando de onde você tirou essa idéia absurda, e que Bíblia é essa que você lê. Seria alguma "Bíblia segundo o Espiritismo", que eu desconheço?

O Kardec fala sim de uma raça adâmica, como eu lhe mostrei citando inclusive o próprio texto do Kardec... já Sagrada Escritura, esta afirma que somos todos irmãos, ao falar dos três filhos de Noé: Cam (negro), Sem (pardo) e Jafé (branco). “Estes três foram os filhos de Noé; e destes se povoou toda a terra” (Gn IX, 19). Aonde estaria o racismo da Sagrada Escritura?

Bom, acho que sobre o racismo e sobre a escravidão estamos conversados.

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Haveria eu então agora de tratar de suas outras acusações, que fogem totalmente do assunto que a levou a escrever para o site. Quem desconversa normalmente é por que não está mais conseguindo defender sua posição, mas que não quer admitir que não tem razão. Só para não parecer que eu estou ignorando o restante de sua carta, dedico algumas linhas de minha resposta aos outros assuntos que você aborda em suas cartas.

Você insiste muito, em sua carta, em dois pontos:

1) Que haveria, ainda hoje, por parte da Igreja Católica, uma forte repressão religiosa.
2) Que o livro do Apocalipse estaria profetizando a corrupção da Igreja e a asceção do espiritismo.

Quanto ao primeiro ponto, você está totalmente equivocada e fora da realidade. Tanto a Igreja não exerce mais forte influência na sociedade (INFELIZMENTE), que estão as coisas hoje do jeito que estão. A constituição do Brasil, que um dia foi um país católico, hoje admite o divórcio, o aborto em casos de estupro e risco materno, permite pesquisas com embriões humanos (a lei de Biossegurança recém-aprovada), isso apenas para citar alguns exemplos. E a sociedade contemporânea quer ela impor seus valores à própria Igreja Católica, pressionando fortemente o Vaticano, através da mídia, que acabem com o celibato sacerdotal, que permitam o sacerdócio feminino, que admita o casamento homossexual, permita a comunhão aos divorciados, que transforme a Igreja numa democracia entre outros pontos. Veja você mesma a ferocidade da mídia contra o Papa Bento XVI, recém-eleito. Se a Igreja fosse tão repressiva quanto você diz, seria possível uma mídia tão feroz contra o Papa, o chefe da Igreja?

O ensino católico não é obrigatório hoje coisíssima nenhuma, não sei de onde você tirou isso. Na França, desde Napoleão o ensino é laico. No Brasil, apenas colégios católicos incluem aulas de catecismo nos seus currículos, mas que é tão pobre em coteúdo (quando não heterodoxos) que seria até melhor que não o dessem.

Não sei em que época você nasceu, mas com certeza deve ter sido no século XX. De forma que então é falsa sua afirmação de que, na época em que você nasceu, era obrigatório pertencer a alguma religião. Se seus pais, parentes ou até mesmo se o padre da sua paróquia a forçaram a ser católica, não culpe por isso a Igreja, que jamais forçou conversões.

O fato dos pais batizarem uma criança ainda quando bebê não é imposição da religião, mas ato de caridade, por crerem no poder deste sacramento de perdoar o pecado original. Se esta criança, depois de adulta, não professar o credo católico, como você, ela não é católica, ainda que batizada. Portanto, você não é católica, fique tranquila... ou seria melhor dizer: fique preocupada!

Quanto ao seu segundo ponto, isto é, suas interpretações de profecias, em especial do livro do Apocalipse, elas não passam de palpite, ou chute... qualquer seita que se diz cristã tem uma interpretação própria do Apocalipse a seu favor. Testemunhas de Jeová, Adventistas, Kardecistas... a pergunta é quem lhes deu poder de interpretar o Apocalipse?

Cristo deu o poder das chaves a Pedro, isto é, ao papa, e cabe a ele e ao magistério da Igreja interpretar as Sagradas Escrituras... caso contrário cai-se no livre exame que teve como conseqüência o enxame de seitas protestantes que surgiram após Lutero. Se você quiser mais informações a esse respeito, recomendo que leia o artigo Leia a Bíblia? publicado em nosso site.

Portanto, não vou nem perder meu tempo analisando seus palpites (chutes) sobre o que Cristo quereria dizer com as palavras do Apocalipse.

E por favor, quando você tornar a nos escrever (se tornar a nos escrever), por favor foque no racismo do Kardec. Discussões sem foco são muito desgastantes e pouco proveitosas.

In Iesu et Maria,
Fabiano Armellini.


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Senhor Fabiano,

Qualquer um que tentasse combater tanto o racismo, naquela época, quanto qualquer outro dogma gerador das inúmeras injustiças sociais criadas pelo catolicismo, se já não tivesse mais uma fogueira em praça pública montada para ele, teria que abandonar todos os seus pertences, e fugir da Europa para não ser torturado e executado – como muitos imigrantes tiveram que fazer (sempre é interessante estudar os motivos que levaram a maioria dos Europeus a fugirem da Europa).

O racismo foi inventado indevidamente em nome do Pai, à princípio, por desconhecimento de Moisés, quando transmitiu a origem das criaturas, conforme inspiração divina, tendo nesse ato, omitido a menção das outras raças, e tendo confirmado posteriormente essa informação, através da história de Noé.

Na Idade Média quando foi re-escrita a Bíblia, é que o racismo foi oficializado de forma religiosa e portanto, social, através da omissão da existência das outras raças – mas claro que, Gutemberg apenas cumpriu ordens, registrando o que lhe foi mandado registrar, não tendo sido dessa forma, responsabilidade dele o racismo... e Gutemberg mesmo denuncia isso e também “adendos” à Bíblia, quando escreveu o dito em Mateus, 25:27 – “Pois bem, devias ter depositado meu dinheiro de prata junto aos banqueiros, e na minha chegada, eu estaria recebendo o meu com juros.” – afinal, a instituição financeira chamada de “BANCO”, foi criada por John Banks, na Inglaterra, no século XV ou XVI, e foi do nome dele que se originou a palavra “banco”, de modo que, Mateus não pode ter mencionado algo que não existia na época em que ele viveu.

Não, eu nunca li nada sobre a Igreja Católica ter lutado contra o racismo, mas já li que os negros foram impedidos de entrarem nas Igrejas, porque nas épocas de escravidão, as Igrejas não os consideravam humanos – li, vi na TV e ouvi sendo contado por muitas pessoas, e as Cruzadas dão testemunho disso, do mesmo modo que a Inquisição (que esteve sob ameaça de retornar, declarada na Missa do Galo de 2003), dão testemunho da forte, cruel e mortal repressão religiosa.

Tampar o sol com a peneira, não porá fim à essa discussão, com certeza.

Entretanto, eu gostaria de esclarecer que não estou defendendo Allan Kardec, porque nem ele e nem a obra dele precisam de defesa, e sim, de leitura completa e inteligente e sem maledicência e intenções tendenciosas nada, nada nobres.

A Bíblia é assim também, precisa de leitura completa e inteligente... ou então, nada se entende do que realmente está informando.

Gostaria de dizer também, para dissipar a sua defesa pelo pretenso ódio que o senhor esta alegando, que eu conheci Padres Católicos, que se mostraram pessoas valorosas por não se esconderem da verdade, e abordarem assuntos que eram realmente de interesse popular e por ignorarem os falsos moralismos totalmente baseados em maldade.

Isso foi durante a minha fase de crescimento, que foi também a fundamental para minha aprendizagem. Um desses Padres em especial, que eu creio que já deve ter falecido porque já era muito velho.

Ele era casado, tinha cinco filhos e um Fusca branco.
De qualquer forma, eu estou aberta à discussões.
Respeitosamente.


Vera Chindermann



Prezada Vera,
salve Maria.

Definitivamente você abandonou a discussão sobre o racismo do Kardec, nem se preocupou em refutar meus argumentos contrários à sua acusação de que a Igreja Católica promoveria o racismo e o escravismo na época de Kardec.

Ao contrário, como alguém que fingiu não ler o que eu escrevi, repete a mesma blasfêmia ao dizer:

Qualquer um que tentasse combater tanto o racismo, naquela época, quanto qualquer outro dogma gerador das inúmeras injustiças sociais criadas pelo catolicismo (sic!), se já não tivesse mais uma fogueira em praça pública (sic!) montada para ele, teria que abandonar todos os seus pertences, e fugir da Europa para não ser torturado e executado (sic!)

Isso, minha cara Vera, prova a sua falta de honestidade intelectual. Você não está querendo discutir... está querendo é dizer o que pensa, ainda que se prove que o que você pensa não faz sentido e não condiz com a realidade.

E como não gosto de falar com as paredes, não vou perder mais meu tempo com você.

Fique então com suas blasfêmias, e vá dizê-las a seus amigos espíritas e ao seu amigo padre amasiado, com filhos em seu fusca branco (!!). Aliás, vendo com que tipo de padre você se relaciona, passo a compreender o amor à Igreja que você demonstra ter em suas cartas.

Passe bem!

In Iesu et Maria,
Fabiano Armellini.


PS: Para sua informação, a Vulgata não fala em BANQUEIRO em Mt XXV, 27. Veja a citação da vulgata, em latim:

Oportuit ergo te mittere pecuniam meam nummulariis, et veniens ego recepissem, quod meum est cum usura." (Mt XXV, 27).

Destaquei o termo que, na sua Bíblia, se traduziu como banqueiro. Tradução esta que, com certeza, deve ter sido feita no sec. XX, quando a palavra banco já existia.

Quanto à função de banqueiro, ainda que ela não tivesse esse nome, é uma prática antiga, que já existia na época do Império Romano.

O que, portanto, destrói o seu pseudo-argumento para provar que a Bíblia fora adulterada na "Idade Média" (sic!), mentira esta que já foi refutada em outras cartas publicadas no site Montfort.



Pretensa defesa espírita ao racismo de Kardec (4)

Sr. Fabiano,

É exatamente!
Nada que o senhor e sua santa congressação disserem sobre Kardec, poderá depreciar nem a conduta e nem a obra dele, que é a única baseada no Cristianismo, na qual realmente se pode confiar.

Eu sou testemunha e meu dedo está apontado para o senhor e também para sua santa congregação sem fins lucrativos (hehehe). Diante de Deus, os senhores podem passar por todo mundo, mas por mim, não passarão.

OBS.: O senhor se esqueceu de me escomungar.

Vera Kindermann

3 comentários:

Unknown disse...

A DISCUSSÃO AQUI É GRANDE E NÃO TERÁ FIM, PORQUE SIMPLESMENTE A RELIGIÃO FOI ALGO CRIADO PELO HOMEM COMO INSTRUMENTO DE RELIGAÇÃO COM O CRIADOR ! RELIGIÃO NÃO SE DISCUTE, CADA UM ACREDITA E PENSA CONFORME SEUS PRECEITOS, E NEM TODO MUNDO PRECISA DE UMA RELIGIÃO PARA SER UMA PESSOA DE BEM, O QUE REALMENTE IMPORTA SÃO SUAS ATITUDES, SEU CARÁTER E SEU CONVÍVIO E RESPEITO COM O OUTRO E NÃO SUA CRENÇA. REFLITAM !

santista som disse...

NADA É PERFEITO,NADA É SECRETO,NADA É MISTERIOSO.O ESPIRITISMO É UMA CIÊNCIA,MAS O MOVIMENTO ESPÍRITA FEZ DO ESPIRITISMO MAIS UMA RELIGIÃOZINHA QUALQUER,DEU NISSO QUE DEU.

Leandro disse...

Religião precisa ser praticada com certeza e discutida sim, no sentido de expormos nosso pensamento e divulgação do Evangelho, mas com respeito sempre ao entendimento do próximo.